sábado, 29 de agosto de 2009

O que é terceirização de TI?

O que é terceirização de TI

Terceirização de TI é a contratação de uma empresa para execução de serviços de TI que a empresa contratante também executa, ou poderia executar. A contratante troca sua maneira de obter serviços de TI pela oportunidade, riscos e desvantagens de obter serviços de TI de outra maneira.

A definição acima procura deixar claro que só terceiriza quem poderia fazer o serviço, logo, empresas que não tem condições de manter os serviços de TI não fazem terceirização, mas uma contratação comum, como, por exemplo a de energia elétrica, água, telefonia, entre outras.

A empresa que possui departamento de TI pode terceirizar todos os serviço ou o departamento inteiro, como também, parte de algum processo como o de codificação de programas, de serviço de rede, de manutenção das estações de trabalho (desktop), de serviço de correio eletrônico. Quando terceiriza o departamento inteiro, usualmente, forma uma outra empresa, torna-se sócia majoritária e passa a ser cliente desta. Deixa de ter serviços terceirizados, passa a ter serviços fornecidos com algumas condições especiais, ou com alguma exclusividade, como qualquer outro. Quando terceiriza parte dos serviços tem a intenção de obter mais recursos, na maioria das vezes humanos, para auxiliar o departamento de TI a fazer frente à demanda.

Muitas empresas, públicas e privadas, terceirizam a TI ou parte de suas funções por falta de competência gerencial/operacional em lidar com a mesma. Essa incompetência organizacional leva a empresa contratante a querer “se livrar” dos problemas da área de TI. Fornecedores não faltam para querer assumir o serviço, as disputas em licitações ou concorrências privadas são constantes e surpreendentes (preços desabam). Na área de software o problema parece ser maior, até o momento na iniciativa pública não há notícias de contratantes e fornecedores felizes com o negócio. O setor público ainda está tentando se adaptar às Instruções Normativas 02 e 04 e Acórdão 2471 de 2008 do TCU. Enquanto a fórmula não é criada, o modelo de contratação de mão de obra, body shop, e o pagamento por hora disponível, timesheet, utilizada ou não, deixa saudades. Alguns gestores estão relutantes, outros desavisados, mas não há sinais que apontem outro caminho senão o pagamento pelo serviço prestado, medido e entregue. Mesmo que não se saiba exatamente o que pedir, como medir, como receber e avaliar a entrega e o que acontece quando as coisas não andam conforme desejado.

Vários autores e pesquisadores ao longo dos anos foram criando e modificando definições para a terceirização. Algumas mais conhecidas:

“A terceirização de TI envolve um significante uso de recursos – tanto tecnológicos e/ou recursos humanos – externos à hierarquia organizacional para o gerenciamento da infra-estrutura de TI” (LOH; VENKATRAMAN, 1992)

“A prática de transferir parte ou toda a função de Sistemas de Informação de uma organização para um fornecedor de serviços externo” (GROVER et al., 1996)

“Um processo de gestão pelo qual se repassam algumas atividades para terceiros, com os quais se estabelece uma relação de parceria, ficando a empresa concentrada apenas em tarefas essencialmente ligadas ao negócio em que atua” (GIOSA, 1997)

“Prática de transferir ativos de TI, equipamentos, empréstimos, pessoal, e responsabilidade gerencial pela disponibilização de serviços, das funções internas de TI da organização para fornecedores externos” (HIRSCHHEIM; LACITY, 2000)